Rescisão unilateral de Plano de Saúde: O que fazer quando seu plano é cancelado?

A rescisão unilateral de planos de saúde é uma prática que impacta diretamente os beneficiários. Neste artigo, exploramos os direitos dos consumidores frente a essa situação, a legislação aplicável e as melhores estratégias para proteger-se legalmente.

Legislação e Fundamentos Jurídicos
Os planos de saúde no Brasil são regulados pela Lei dos Planos de Saúde (Lei 9.656/98) e pelas normativas da ANS. A legislação diferencia entre planos individuais/familiares e coletivos, estabelecendo condições específicas para rescisão unilateral em cada caso.

Planos Individuais e Familiares: Podem ser rescindidos apenas por inadimplência superior a 60 dias ou fraude comprovada, conforme a Lei 9.656/98.

Planos Coletivos: Regidos pela RN 438/2018 da ANS, permitem rescisão sem justa causa com aviso prévio, o que gera controvérsias sobre a proteção dos direitos dos beneficiários.

A jurisprudência brasileira tem evoluído para proteger os beneficiários de planos de saúde em casos de rescisão unilateral. Decisões judiciais frequentemente garantem a continuidade do plano para pacientes em tratamento médico contínuo, mesmo em contratos coletivos.

Exemplo Prático: Beneficiários diagnosticados com doenças graves têm obtido decisões favoráveis para manter o plano durante o tratamento, evitando interrupções prejudiciais à saúde. Deste modo, a Justiça determinou que a rescisão unilateral é ilegal quando prejudica o tratamento de doenças graves.

Diante da rescisão unilateral, é importante que os beneficiários conheçam seus direitos e busquem consultar um advogado experiente em direito do consumidor e saúde para avaliar a legalidade da rescisão.

Conclusão
A rescisão unilateral de planos de saúde apresenta desafios significativos para os consumidores, exigindo conhecimento profundo da legislação e orientação especializada. Em casos de rescisão, é fundamental agir rapidamente e buscar apoio jurídico para garantir a continuidade do acesso à saúde.

Perguntas Frequentes sobre Rescisão Unilateral de Planos de Saúde

1. Quais são os motivos aceitos pela legislação para a rescisão unilateral?
Inadimplência superior a 60 dias e fraude comprovada são motivos aceitos para rescisão unilateral de planos individuais. Planos coletivos podem ser rescindidos com aviso prévio, sem necessidade de motivo específico.

2. Quais são os direitos dos beneficiários em tratamento médico durante uma rescisão unilateral?
Beneficiários em tratamento médico têm frequentemente garantido o direito à continuidade do plano de saúde até a alta médica ou estabilização do tratamento, conforme decisões judiciais.

3. Como proceder se o plano de saúde for rescindido unilateralmente pela operadora?
Consulte imediatamente um advogado especializado em direito do consumidor para avaliar a legalidade da rescisão e buscar medidas legais para garantir a continuidade do plano, se necessário.

4. Quanto tempo demora uma ação judicial para reverter a rescisão do plano de saúde?
Ações judiciais podem incluir pedidos de liminar para restabelecer imediatamente o plano. O tempo pode variar, mas decisões urgentes podem ser obtidas em questão de dias.

5. Quais são as chances de sucesso em uma ação judicial contra a rescisão unilateral do plano de saúde?
As chances de sucesso dependem das circunstâncias específicas do caso, incluindo a fundamentação legal, provas apresentadas e a interpretação judicial dos fatos.

6. É possível solicitar indenização por danos morais devido à rescisão unilateral do plano de saúde?
Sim, em casos de rescisão unilateral abusiva que cause danos significativos aos beneficiários, é possível buscar indenização por danos morais. Consulte um advogado para avaliar o caso.

7. Existem alternativas à rescisão unilateral que não envolvem ações judiciais?
A portabilidade de planos de saúde é uma alternativa onde beneficiários podem transferir seus planos para outra operadora sem perder direitos adquiridos, como carências já cumpridas.

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